FCecon é escolhida como unidade de referência para campanha publicitária do Ministério da Saúde


Referência no tratamento do câncer na Amazônia Ocidental, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), foi indicada pelo Gabinete da Presidência da República para representar o modelo de tratamento oncológico brasileiro padronizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O conteúdo, que faz parte da campanha publicitária “Tempo de Saúde”, será divulgado por meio de um vídeo institucional, que passa a ser veiculado em emissoras de TV e Rádio em rede nacional, a partir deste domingo (19), segundo informou a equipe técnica do Ministério da Saúde (MS) que esteve em Manaus, no último dia 6, acompanhando as gravações realizadas na sede da FCecon – rua Francisco Orellana, Dom Pedro, zona centro-oeste da capital.

No vídeo, recebem destaque procedimentos padronizados pelo ministério em todas as vertentes da saúde pública do país. No Amazonas, o tema abordado foi o tratamento de pacientes oncológicos, abrangendo desde o diagnóstico da doença até a parte da medicação de alto custo, fornecida gratuitamente.

No diagnóstico, os pacientes com suspeita de câncer no Amazonas e de estados e países vizinhos que procuram a unidade hospitalar contam com equipamentos de alta tecnologia adquiridos pelo Governo do Estado, através da Susam.

A gerente do Serviço de Imagenologia da FCecon, médica radiologista Sabrina Bianco, avaliou que os aparelhos de tomografia e ressonância magnética, ambos adquiridos por valores superiores a R$ 1 milhão, além de eficazes no diagnóstico, classificam o estadiamento (estágio) da doença, o que facilita ao médico encaminhar o paciente ao tratamento mais adequado (cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou os três associados).

“Com essa tecnologia os médicos conseguem planejar um tratamento mais eficaz, tanto em relação à quimioterapia e radioterapia, quanto em relação à medicação via oral”, disse Sabrina Bianco, frisando que a FCecon é pioneira no uso desses equipamentos no Estado.

No quesito medicamentos de alto custo, destacou-se a incorporação de mais de 100 medicamentos à lista de padronização do MS para pacientes com câncer, o que significa dizer que todos eles são fornecidos na rede pública gratuitamente.

Alguns deles, como o Trastuzumabe (de nome comercial Herceptin), lançado recentemente pela indústria farmacêutica, apesar de ter sido padronizado este ano pelo Governo Federal, no caso do Amazonas já era fornecido há dois anos na FCecon, a partir de um esforço do Governo Estadual, que injetou R$ 5 milhões, ao final de 2011, na compra de um lote que contemplou dezenas de pacientes em tratamento contra o câncer de mama.

Para o diretor-presidente da FCecon, Edson Andrade, mais do que fornecer o melhor tratamento, o medicamento de alto custo traz a vantagem de minimizar os efeitos colaterais aos pacientes. “Temos o prazer de oferecer no Estado, que não é o mais rico do País, um dos melhores tratamentos para o câncer na Amazônia Ocidental”, completou.

Ainda sobre a medicação de alto custo, a médica radiologista Sabrina Bianco disse que os efeitos causados aos pacientes são cada vez menores. “A medicação está cada vez mais seletiva para o paciente que antes era submetido a um medicamento que debilitava o corpo todo, causando reações como queda de cabelo, alteração da pele, emagrecimento, vômitos e enjoos. Os medicamentos de alto custo visam minimizar esses efeitos. Exemplo disso é que, hoje, parte das pacientes submetida à quimioterapia para combater o câncer de mama não fica mais careca”, informou Sabrina.

Publicado em: 20/05/2013.