FCecon dá início a ações práticas voltadas à humanização

Como forma de fortalecer a Política Nacional de Humanização (PNH) preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) dará início, em janeiro, a um ciclo de oficinas que será contínuo, envolvendo gestores, funcionários e colaboradores da instituição. Os participantes terão a oportunidade de sugerir ações para a melhoria dos serviços ofertados aos pacientes e para a otimização do trabalho desenvolvido por eles nos setores da unidade hospitalar.

De acordo com o diretor-presidente da FCecon, pneumologista Edson de Oliveira Andrade, há cerca de oito meses, o hospital, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), deu o ponta pé inicial aos trabalhos de reforço da PNH, com rodas de conversas envolvendo servidores, funcionários comissionados e terceirizados, que puderam elencar as principais dificuldades na comunicação interna e fluxo de atendimento da unidade, participando da criação de estratégias que pudessem contribuir para a melhoria do ambiente de trabalho.

Há pouco mais de um mês, uma pesquisa de clima organizacional aplicada a cerca de 170 trabalhadores, apontou o interesse dos profissionais que atuam no âmbito da unidade com relação ao acolhimento aos pacientes, saúde do trabalhador e avanços no modelo de gestão compartilhada.

Partindo dessas informações, e com a orientação das apoiadoras da PNH que fazem parte do Coletivo Ampliado de Humanização no Amazonas, decidimos inserir na metodologia utilizada, a realização de oficinas de discussão, treinamentos e a elaboração de um plano de comunicação que contemple todos os setores do hospital, que hoje é considerado referência no tratamento do câncer na Amazônia Ocidental”, explicou a diretora de Ensino e Pesquisa da instituição, Dra. Kátia Torres.

A ideia, segundo ela, é que a mudança ocorra com a participação direta da equipe de profissionais que está na linha de frente, promovendo atendimentos aos usuários – no caso do corpo técnico – e garantindo a manutenção e o funcionamento da unidade – função dos agentes administrativos. O processo também oportunizará aos participantes um melhor entendimento sobre a PNH, sua importância no âmbito da saúde e como ela foi elaborada.

Ainda conforme a diretora, o trabalho em conjunto dentro da unidade é de extrema relevância, considerando a complexidade de um hospital oncológico que, no caso da FCecon, tornou-se polo de atendimento para pacientes não só do Amazonas, mas principalmente de estados vizinhos, como é o caso de Rondônia, Roraima, Pará e até países fronteiriços, a exemplo da Colômbia e Venezuela. “Somente até outubro deste ano, dados preliminares apontam que a Fundação já realizou mais de 820 mil procedimentos, entre ambulatoriais e hospitalares, um número bastante expressivo para uma única unidade de saúde”, concluiu.