Serviço de Fisioterapia da FCecon registra aumento de 26% no atendimento ao paciente oncológico

 

O Serviço de Fisioterapia da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), registrou aumento de 26,05% no atendimento prestado ao paciente oncológico no período de janeiro a novembro de 2018, comparado ao mesmo período de 2017. Os atendimentos passaram de 21.901 em 2017 para 27.607 em 2018. A informação faz parte do relatório de gestão da unidade hospitalar, referência na região Norte no tratamento de neoplasias.

De acordo com a diretora-presidente da FCecon, engenheira biomédica Ana Paula Lemes, o aumento nos serviços prestados foi possível devido à efetivação de quatro fisioterapeutas aprovados no concurso público da Susam de 2014. “Eles passaram a reforçar o quadro de pessoal, que era composto por dois fisioterapeutas e estudantes”, destacou.

Segundo Ana Paula Lemes, o Serviço de Fisioterapia é importante na reabilitação de pacientes oncológicos, principalmente às mulheres em tratamento contra o câncer de mama. “Essas mulheres são submetidas a procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, por exemplo, as mastectomias – retirada parcial ou total das mamas. Por isso, precisam de atendimento humanizado e de qualidade por parte da fisioterapia, cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida”, salientou.

Perfil do paciente – O fisioterapeuta Augusto dos Santos, especialista na área oncológica, explicou que os serviços disponibilizados pela FCecon visam diferentes perfis de pacientes. Ele disse que o atendimento dependerá do setor em que se encontra, a patologia e as possíveis sequelas causadas pelo tratamento.

“Atendemos pacientes em estado crítico com diferentes abordagens cirúrgicas eletivas – cabeça e pescoço, torácicas; internados nas enfermarias provenientes da Unidade de Terapia Intensiva – UTI; urgência e emergência; Quimioterapia, Radioterapia. Então, cada um tem um quadro clínico distinto, sendo alguns mais simples e outros mais complexos, os quais exigem tratamentos diferenciados”, afirmou.

Benefícios – Atleta e estudante de Biomedicina, Bruna Negreiros de Lima, 23, descobriu um câncer no reto há um ano. Ela contou que sentia fortes dores na barriga durante os treinamentos físicos, contudo os exames realizados não indicavam o que tinha. Após realizar uma colonoscopia – que avalia a mucosa do intestino –, ela descobriu o câncer. Desde então, faz tratamento na Fundação.

“Passei por três cirurgias fazendo com que permanecesse muito tempo deitada, o que prejudicou meus movimentos nas pernas e braços, além da dificuldade de ficar ereta. Durante o período de internação – junho e julho, tive o acompanhamento dos fisioterapeutas. Os exercícios me ajudaram a diminuir as dores e a melhorar a postura. Sinto-me bem melhor e mais disposta após a fisioterapia”, declarou.

Tratamento complementar – A fisioterapia realizada pelo paciente em tratamento oncológico é considerada como complementar, conforme o fisioterapeuta José Alexandre Pires de Almeida, porque auxilia na recuperação da integridade funcional do corpo e na inclusão social da pessoa.  “Significa que, com o acompanhamento adequado, é possível inseri-lo em seu convívio social, além de melhorar a qualidade de vida”, disse.

Conforme Alexandre Almeida, o Serviço de Fisioterapia integra uma equipe multiprofissional e interdisciplinar – médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, dentistas – que trabalha nos setores de internação, terapia intensiva, fisioterapia ambulatorial. Além disso, também conta com o reforço de estagiários e voluntários, assim como o trabalho executado pelos preceptores das Instituições de Ensino Superior (IES) parceiras.

Além de Alexandre Almeida e Augusto dos Santos, a equipe do Serviço de Fisioterapia é formada pelos profissionais Daniel Xavier, Alessandra Alves, Patrícia Chagas e Daniel Glória.