Retirada de tumor raro em paciente da FCecon ganha destaque nacional em revista sobre cancerologia

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), ganhou destaque nacional, mais uma vez, na Revista Brasileira de Cancerologia, com artigo sobre um procedimento cirúrgico complexo, realizado pela equipe do Serviço de Cirurgia Pélvica da instituição, para a retirada de tumor raro em paciente oncológico de 52 anos, do sexo masculino. A cirurgia resultou na cura do paciente, que atualmente faz apenas acompanhamento no hospital, considerado referência no diagnóstico e tratamento do câncer na Amazônia Ocidental.

O artigo foi publicado na edição de número 54 da revista trimestral da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), vinculada à Associação Médica Brasileira (AMB), e contou com a colaboração do chefe do Núcleo de Onco-Urologia do A.C. Camargo Cancer Center, de São Paulo, hospital de referência no País.

Conforme o diretor-presidente da FCecon, Edson de Oliveira Andrade, o destaque demonstra a evolução da equipe cirúrgica da instituição, que tem emplacado, nos últimos anos, relevantes trabalhos em publicações de renome nacional e até internacional. “Esses artigos acabam contribuindo não só com a categoria médica, mas com a área da saúde em geral, uma vez que são utilizados como referência no desenvolvimento de novos trabalhos, o que fortalece não só a assistência ao paciente, mas também área científica”, explicou Andrade.

Cirurgia

A ressecção estendida de períneo (retirada de tumor localizado na base da pelve) foi realizada, em 2014, por quatro cirurgiões da FCecon: Marco Antônio Ricci, Ênio Lúcio Coelho Duarte, Higíno Felipe e a doutora Fumiê Ishizawa. O procedimento teve a duração de quatro horas. De acordo com Marco Ricce, tratava-se de um caso raro de lipossarcoma desdiferenciado em períneo – tipo de tumor que se desenvolve nos músculos, pele e tecido gorduroso.

Ele explica que além da cirurgia, o paciente foi submetido a algumas sessões de radioterapia. O tratamento associado durou cerca de seis meses. O tumor retirado tinha aproximadamente 12 centímetros, tamanho considerado grande para a área onde estava localizado. “A publicação na revista de cancerologia leva em consideração fatores como a complexidade do caso e da cirurgia a qual o paciente é submetido. No caso deste paciente, a única possibilidade de tratamento era a cirúrgica e, após uma avaliação criteriosa, decidimos pela realização do procedimento, que foi bem sucedido”, destacou.