Parceria entre FCecon e Roche garante agilidade no diagnóstico de câncer de mama

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) passou a integrar o programa Roche Testing, do Laboratório Roche, que possibilita a avaliação completa do painel de Imunohistoquímica para o câncer de mama. A inclusão ocorreu no mês de abril e tem proporcionado rapidez e refinamento no diagnóstico desse tipo de câncer. MAMOGRAFIA

 

O exame de Imunohistoquímica é utilizado para definir o perfil biológico do tumor – funciona como a identidade do câncer de mama –, sendo essencial para se estabelecer o procedimento terapêutico pelo médico. Desde a inclusão no programa, já foi possível a realização de ao menos 84 exames sem nenhum tipo de ônus para a paciente ou para a Fundação, referência na região Norte no tratamento de câncer.

 

Conforme o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gérson Mourão, os resultados têm sido disponibilizados pelo Laboratório Roche em sete dias úteis, o que tem proporcionado ganho de tempo para a paciente. “Ao marcar a consulta com o oncologista clínico ou mastologista, as mulheres chegam com o resultado em mãos. De posse das informações sobre o perfil biológico do tumor, é possível estabelecer o tratamento mais adequado ao paciente”, pontuou.

 

Gérson Mourão destacou que a Fundação apresentou sua necessidade ao Laboratório e, após análise da demanda, a unidade hospitalar foi inclusa no programa.

 

Roche Testing – Trata-se de um programa que possibilita a avaliação completa do painel de Imunohistoquímica para o câncer de mama, em instituições que se enquadram nos critérios de elegibilidade estabelecidos pela Roche.

 

Logística – A partir da solicitação feita pelo médico oncologista e da autorização da paciente, as amostras são enviadas para o laboratório credenciado pela Roche. Após sete dias úteis, o diagnóstico é enviado à FCecon. A instituição e a paciente são isentas de quaisquer custos e/ou taxas para o recolhimento logístico e realização do teste.

 

Exame essencial – A chefe do serviço de Oncologia Clínica, Gilmara Resende, frisou que a Imunohistoquímica é parte essencial para o tratamento contra o câncer de mama, seja em cenários adjuvante – complemento com outro medicamento –, neoadjuvante – antes de um procedimento cirúrgico ou radioterápico – e paliativo.

 

Conforme a médica especialista, antes de se iniciar o tratamento, também é preciso analisar o tamanho do tumor, se os gânglios linfáticos estão comprometidos, a idade e o estadio da paciente, dentre outros fatores.

 

Antes da parceria, em alguns casos, era preciso iniciar o tratamento sem o resultado do exame. Segundo ela, todavia, do ponto de vista oncológico, tinha-se um gargalo na definição do melhor procedimento terapêutico. “Antes, demorava-se entre 45 a 60 dias para se entregar os resultados, uma vez que o exame não é realizado em nenhum laboratório de Manaus, público ou privado”, informou.

Texto: Luís Mansueto/FCecon

Foto: Divulgação