Palestras sobre fatores de risco do câncer reuniram mais de seis mil participantes em 2016

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A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) realizou, em parceria com a Liga Amazonense Contar o Câncer (Lacc), cerca de 120 palestras educativas, em 2016, com um alcance de 6,5 mil pessoas, em sua maioria, estudantes dos ensinos fundamental e médio. O objetivo, segundo o diretor-presidente da Fundação, cirurgião oncológico Marco Antônio Ricci, foi levar informação de qualidade a crianças e adolescentes em idade escolar, sobre os fatores de risco do câncer e métodos preventivos, que incluem a adoção de hábitos saudáveis de vida desde a infância. “Quanto mais cedo acontece essa conscientização, menores são as chances de se desenvolver a doença no futuro”, ressaltou.

A coordenadora de atenção oncológica da FCecon, enfermeira oncológica Marília Muniz, explica que as ações educativas, desenvolvidas através do Departamento de Prevenção e Controle do Câncer, profissionais e voluntários da Lacc e da Rede Feminina de Combate ao Câncer – entidade de cunho filantrópico -, também abrangeram empresas públicas e privadas, além de escolas das redes estadual e municipal de ensino.

Essas pessoas se tornaram agentes multiplicadores da informação. Sabemos que, hoje, o maior desafio no combate ao câncer é o acesso à informação. Trabalhamos para superar esse obstáculo e garantir que, no futuro, essas pessoas tenham reduzidas as chances de desenvolver o câncer”.

De acordo com ela, a ajuda da imprensa e a mobilização da sociedade civil em torno das campanhas voltadas à prevenção, têm sido fundamentais para alavancar a estratégia voltada à prevenção e rastreio da doença no Amazonas. “Sempre buscamos orientar as pessoas que a melhor forma de se afastar do câncer é se alimentando de forma saudável, evitando o sedentarismo, a obesidade, o cigarro, as bebidas alcoólicas em excesso e, sobretudo, ficando atentos aos sintomas persistentes, principalmente na fase infantil”. Muniz explica que, nos casos de crianças e adolescentes, a educação alimentar é de extrema importância, pois definirá hábitos a serem seguidos durante toda a vida adulta. “É muito mais fácil inserir certos hábitos durante a fase infantil do que na fase adulta, quando as pessoas já estão acostumadas a certos estilos de vida. Por isso, os pais precisam se conscientizar que a orientação deve vir também de casa”, frisou Muniz.

Ela destaca que, nas escolas, os professores também são orientados para que, eventualmente, possam repassar informações pertinentes aos pais. “Crianças com febre persistente, perda de peso, dores nos ossos e articulações, com caroços em locais como virilhas e axilas, merecem uma atenção especial. Nesses casos, deve-se procurar um especialista”, alertou.

Outra ferramenta, de acordo com ela, aliada no combate ao câncer, atualmente, são as mídias sociais, que têm ajudado a informar pessoas de diversas localidades, sobre os exames preventivos e os fatores externos e hereditários de risco das neoplasias malignas.