No Setembro Verde, FCecon alerta para importância de prevenção e diagnóstico do câncer de intestino

No Setembro Verde, mês de conscientização e prevenção ao câncer colorretal – cólon e reto –, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), chama a atenção para a importância da prevenção e do diagnóstico da doença. A unidade registrou, no primeiro trimestre deste ano, 50 casos de câncer colorretal, o que corresponde a 50% dos casos diagnosticados em 2020.

O Setembro Verde é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), que conta com a parceria de diversas sociedades médicas que tratam o câncer colorretal, por exemplo, a de Endoscopia Digestiva, Gastroenterologia e Oncologia. A data visa chamar a atenção para a detecção precoce da doença e soma-se ao Março Azul.

Conforme o gerente do serviço de Endoscopia do hospital, Marcelo Tapajós, a Fundação Cecon registrou, de janeiro a março deste ano, 50 casos de câncer colorretal, o equivalente à metade dos casos diagnosticados em 2020. Ele explica que o aumento da prevalência se deve ao fato de que mais pessoas estão sendo referenciadas e atendidas pela unidade hospitalar.

Incidência – Médico especialista em Endoscopia, Tapajós alerta que o câncer de intestino é o segundo tumor cancerígeno que mais mata homens e mulheres no país. “O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para o Amazonas 230 casos novos por ano – 2020/2021, sendo 120 em homens e 110 em mulheres”, informa.

Rastreio – O câncer de intestino é predominante na faixa etária adulta, destaca o médico especialista, e orienta que a partir dos 45 anos é indicado fazer o acompanhamento para o rastreio da doença. Ele diz que existem fatores de risco para o desenvolvimento, tais como pessoas com histórico de adenomas – tumor benigno no cólon –, pólipos retais – crescimento de tecido no reto –, portadores de doenças inflamatórias intestinais de longa duração e com histórico familiar de câncer no intestino.

“O rastreio da doença é feito por meio de uma pesquisa de sangue oculto nas fezes pela atenção primária ou diretamente pela colonoscopia. O paciente com suspeita da doença é encaminhado à Fundação para exames de diagnóstico por imagem, por exemplo, a colonoscopia, que consiste no exame de todo sistema colorretal por meio de imagem”, explica Tapajós.

Fatores de risco – Ele lembra que o estilo de vida e os hábitos alimentares também influenciam no desenvolvimento do câncer de intestino, por isso, deve-se buscar uma alimentação rica em fibras, evitar o consumo de carnes vermelhas processadas, o consumo excessivo de álcool e a prática de atividades físicas.

Modernização – O diretor-presidente da Fundação Cecon, mastologista Gerson Mourão, frisou que a direção tem investido na modernização de equipamentos de diagnóstico e na infraestrutura hospitalar. Segundo ele, assim, será possível realizar o diagnóstico precoce da doença e atender um número maior de pacientes.

“A intenção também é fortalecer o corpo clínico para aumentar a quantidade de exames disponibilizados para que mais pessoas possam retirar as lesões intestinais”, disse.

Sintomas – Os principais sintomas são presença de sangue nas fezes, dor e cólica na barriga, sensação de que o intestino não é completamente esvaziado, perda de peso rápida e não intencional, anemia, cansaço e fraqueza.

Tratamento – O tratamento pode ser endoscópico com a remoção do tumor por meio da colonoscopia ou, nos casos mais avançados, pode ser necessário cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

 

Texto: Luís Mansueto/FCecon

Foto: Arquivo/FCecon