FCecon recebe três novos aparelhos de ultrassom e dá passo importante para agilizar diagnóstico de câncer de mama

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) recebeu oficialmente, nesta terça-feira (17/12), três aparelhos de ultrassom que vão resultar em imagens com melhor qualidade para definir o tratamento dos pacientes do hospital. Com os novos equipamentos, a Fundação também se prepara para iniciar um projeto que vai agilizar a realização de biópsias de mama no Estado e consequentemente o diagnóstico.

Os três equipamentos estão aptos a atender pacientes adultos e pediátricos tanto da emergência quanto ambulatório da FCecon. “Esses aparelhos são para essas pessoas, que são reais, isso significa vida. A gente está colocando onde a gente precisa, na assistência. E não só na assistência, isso vai ter também um impacto no ensino e na pesquisa do hospital”, disse o diretor técnico-científico da FCecon, Marco Antônio Cruz Rocha.

Qualidade – Os três aparelhos utilizados hoje na Fundação têm mais de 15 anos de uso e serão substituídos pelos novos, que têm qualidade para gerar imagens de partes profundas do corpo, como o abdômen, e de partes superficiais, como mama e tireoide.

“O aparelho novo é essencial para você ter uma imagem de qualidade. Tratamos aqui com pacientes com câncer, que precisam de um bom resultado. Muitas vezes eles dependem só desse resultado para iniciar o tratamento. A expectativa é grande”, afirma a médica radiologista Sabrina Bianco, que é gerente do serviço de Imagenologia da Fundação.

Capacidade e economia – Os novos aparelhos acompanham impressora a laser colorida e no-break, com capacidade para manter os equipamentos em funcionamento de 15 a 20 minutos sem energia, no caso da falta da mesma, ajudando na realização dos exames até que o gerador entre em ação, sem parar o atendimento.

As imagens com os novos aparelhos terão mais qualidade e os resultados sairão com maior rapidez, o que permitirá um diagnóstico mais ágil aos pacientes, destaca Sabrina Bianco.

Recursos – Os três equipamentos foram comprados no valor total de R$ 324 mil, com recursos do Fundo de Promoção Social (FPS), e a secretária-executiva do FPS, Kathleen de Oliveira, destacou os benefícios que os aparelhos trarão aos pacientes.

“Esses aparelhos são de extrema importância para a prevenção e para um diagnóstico precoce do câncer de mama, um dos cânceres que mais mata mulheres no Brasil. É compromisso do FPS atender e viabilizar ações como essa, promovendo melhor qualidade de vida aos cidadãos que buscam tratamento médico no FCecon”, afirmou.

A secretária executiva de Atenção Especializada da Capital (SEA-Capital) da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Dayana Mejia de Souza, destacou as ações articuladas entre FPS e Saúde. “Nós temos grandes resultados advindos do Fundo de Promoção Social na Saúde neste ano. Temos rouparia que foi renovada, estrutura física que foi ampliada. O Fundo de Promoção Social tem sido uma estratégia governamental e tem dado grandes respostas principalmente na Saúde”, disse Mejia.

Biópsias – A chegada dos três aparelhos representa um importante passo que a FCecon dará para implementar um projeto que busca ultrassomdescobrir na fase inicial casos de câncer de mama em mulheres no Amazonas. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), por ano são estimados 420 novos casos da doença no Estado, sendo 370 somente em Manaus.

No momento em que a paciente der entrada na FCecon via triagem, ela será avaliada por um médico que analisará se há indicação de biópsia, sejam nódulos palpáveis ou impalpáveis, explica a gerente do serviço de Mastologia da FCecon, mastologista Hilka Espírito Santo. A coordenação do Atendimento Único Integrado de Mastologia é do médico Agnaldo Barroso dos Santos.

Um levantamento da instituição mostra que a maioria dos casos de mulheres que buscam tratamento na FCecon já chegam com resultados de mamografia BI-RADS IV (34,8%) ou V (12,3%), os tipos considerados de alto risco para o câncer de mama.

Prazo – Nos casos de indicação de biópsia, a mulher terá um prazo máximo de 72 horas ou três dias para realizá-la e fazer o diagnóstico. Em 14 dias, sairá o resultado do exame histopatológico, que mostrará o tipo de tumor e indica a forma de tratamento.

“A ideia é que criemos um fluxo direto entre a triagem e a ultrassonografia. No futuro, na mamografia também. Então, a paciente que está na fase do diagnóstico não vai enfrentar fila. Essa fila será de 72 horas no máximo. Isso vai determinar a agilidade, ou seja, em duas semanas, estourando três, essa paciente tem o diagnóstico para iniciar seu tratamento. Aí estaremos cumprindo a Lei dos 30 dias”, explica Hilka.

A lei que obriga as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer exame de diagnóstico de câncer em até 30 dias foi sancionada pela Presidência da República em 30 de outubro deste ano. A FCecon busca se adequar à legislação em todas as especialidades.

A previsão é implantar o projeto para agilizar as biópsias de mama nos meses de março ou abril de 2020.

 

Texto: Laís Motta/FCecon

Foto: Luís Mansueto/FCecon